quarta-feira, 23 de março de 2011

O esteriótipo pré-estabelecido de beleza

Hoje foi um dia relativamente normal aos que têm bloco de prova: como sempre uma prova não foi muito boa, e por mais incrível e paradoxo que possa parecer, foi a biologia. :/ Tudo bem, foi só uma prova. Em compensação eu acho que as minhas provas de literatura e redação foram melhores que anteriores, tomara que esteja certa.
Sim, o tema da redação, que passei um tempão pra fazer, era globalização: influência do Ocidente no padrão de beleza mundial, e achei interessante discorrer um pouco sobre tal assunto.
No mundo em que vivemos, não há como negar a "imposição" que a mídia faz para que todos nós encaixemo-nos nos padrões de beleza pré-estabelecidos. Essa é a condição para se seja bem visto e uma pessoa bem-sucedida. E é com essa pretensão que milhares de pessoas fazem cirurgias. Tudo bem que a correção da imperfeição de algo no corpo, irá aumentar a alto-estima do indivíduo, mas fazê-la apenas afim de seguir um estereótipo criado pela atual sociedade, não é algo muito desejável.
O problema é que esse desejo por querer se igualar ao que é tido como ideal chega a ferir a cultura local como ocorre nas nações orientais e africanas. Os orientais, com a finalidade de se aproximar dos modelos ocidentais, recorrem às plásticas para corrigir as "imperfeições" dos rostos clássicos do Oriente (olhos puxados ...), ou fazem métodos arriscados e dolorosos, quebrando o próprio osso da pernas, para aumentar de 10 cm as suas estaturas.
O mais impressionante, na minha opinião, são os africanos que tendo a sociedade ocidental com bem-desenvolvida, utilizam produtos abrasivos para acabar com a melanina e assim tornarem-se menos negros. Tais processos provocam desde queimaduras até câncer de pele. Mas, as 67% das mulheres de Senegal que realizam esse tipo de despigmentação artificial nem sequer pensam nas consequências de seus atos.
O problema de tudo isso é que ao super valorizar o modelo de beleza ocidental, as nações acabam deixando para atrás a sua identidade e peculiaridade que são tão importantes. Ainda que não seja fácil, é necessário ter cautela e senso crítico ao querer mudar algo superficial do seu corpo. Cuidado, talvez o que você realmente precisa mudar está dentro e não fora de si.

# Hora de escutar:

Você diz que eu te assusto
Você diz que eu te desvio
Também diz que eu sou um bruto
E me chama de vadio
Você diz que eu te desprezo
Que eu me comporto muito mal
Também diz que eu nunca rezo
Ainda me chama de animal
Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo é do amor
Que você guarda para mim
Você não tem medo de mim
Você não tem medo de mim
Você tem medo de você
Você tem medo de querer...

 Medo de Amar - Adriana Calcanhotto

quarta-feira, 16 de março de 2011

Minha paixão indiscutível

Mesmo com todas dúvidas, incertezas e problemas, há uma coisa que aflora um sentimento inexplicável de felicidade: biologia, ciência, saúde e afins. Postei um monte de coisas aqui, mas nunca tinha explicitado essa minha grande paixão! Não sei como isso foi ocorrer, puro desleixo meu! Mas tudo bem, não há problema em se falar disso agora.
Lembro-me como se fosse hoje lá do comecinho do ano, quando eu assistia a aula de biologia, meio que por assistir mesmo. Então, veio a genética com DNAs e RNAs e tudo o que se direito, não é mesmo? Foi o que se chama de amor à primeira vista, uma paixão surpreendente! Aí, comecei a ler tudo que vinha a minha vista sobre  qualquer assunto relacionado à vida. Nessa hora caiu a ficha: é, o meu destino é medicina mesmo, não tem como não ser.
Ah, já ia me esquecendo, uma pessoa que teve grande influência nisso foi, é claro, minha professora de biologia, Sílvia, que a cada aula me fascinava com o seu conhecimento e amor pela ciência. Toda aula, eu a enchia de perguntas e mais perguntas, que mesmo desvirtuando um pouco assunto, eram sempre respondidas. Que saudade sinto das aulas de Silvinha!!
Mas, como tudo tem que passar, estou cá eu no 2º ano, à um ano de fazer o tal do enem, expectante pra concorrer por medicina e consolidar aquilo tem avassalado meu coração: a arte de estudar a vida, em especial a humana, contribuindo para, quem saber, poder auxiliar as pessoas a viverem mais e melhor.
# Hora de escutar: 
Não se move uma montanha
Por um pálido pedido
De alguém que não se ama
Todo ouro está contigo

Para isso há muita chama
No coração do bandido...
Mais uma vez o dia chega
Em minha vida...
Como uma chama na selva
O sol na cama da relva
A tua boca e a lua
A minha boca e a tua
Vão deixando pela rua...
Palavras e silêncios
Que jamais se encontrarão... 
Não se move uma montanha
Por um pálido pedido
De alguém que não se ama
Todo ouro está contigo
Para isso há muita chama
No coração do bandido... 
Mais uma vez o dia chega
Em minha vida...
Como uma chama na selva
O sol na cama da relva
A tua boca e a lua
A minha boca e a tua
Vão deixando pela rua...
Palavras e silêncios
Que jamais se encontrarão... 
Palavras e silêncios - Zeca Baleiro e Fausto Nilo

sábado, 5 de março de 2011

Momento II

E quando não se tem nada mais pra falar, porque, ao que parece, as palavras já não têm mais sentindo pra mim, ou pra quem quer que deveria ter? E se já não se sabe o que sentir, pois cada sentimento se traduz em pura confusão e desejos frustrados? E se sonhar não entusiasmar mais, pois resulta apenas em idealizações bem distantes da realidade? Todos esses questionamentos de repente formaram uma mixórdia na minha pobre mente confusa por natureza.
É, Kesia, agora resta a você, fazer escolhas e ser responsável por suas consequências, independentes de quais forem, e se ocorrer tudo bem, quem sabe tudo -ou quase tudo- mude? As coisas só podem se resolver se primeiro reconheçamos que há se um problema que precisa ser resolvido e enfim, termos persistência para agirmos de maneira coerente e sensata. Bom, o primeiro passo já foi dado, vejamos o resto do percurso.

# Hora de sentir:


Quando penso em você
Fecho os olhos de saudade
Tenho tido muita coisa
Menos a felicidade
Correm os meus dedos longos
Em versos tristes que invento
Nem aquilo a que me entrego
Já me dá contentamento
Pode ser até manhã
Sendo claro, feito o dia
Mas nada do que me dizem me faz sentir alegria
Fagner - Canteiro
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